Se os amores se esfriam Se pessoas se esquecem Se abandonam   E tomam outros rumos na vida Eu devo ter ficad...

Se amores se esfriam




Se os amores se esfriam

Se pessoas se esquecem

Se abandonam 

E tomam outros rumos na vida

Eu devo ter ficado pelo caminho, por que não avancei, não quis largar as mãos e deixa-lo ir .

Quis que dê-se-mos as mão até a eternidade

Que esperássemos os dois pelo mesmo barco

E que quando chegasse tu pegasses na minha mão e eu pegasse na tua e pulássemos para dentro. 

Porém

Se os amores se esfriam


Se pessoas se esquecem

Se abandonam 

E tomam outros rumos na vida

Eu devo ter ficado pelo caminho, por que não avancei, não quis largar as mãos e deixa-lo ir .

Não quis que fosse exactamente como outrora foi, contigo. 

Confesso que me vesti de inocência e por minutos acreditei, guardei em segredo no meu coração que as nossas almas seriam diferentes… Me apaixonei por ti no momento em que a poesia quis segurar a minha mão e levar-me para longe, mas fiz de ti papel, escrevi em ti versos e fiquei em ti… 

Não precisava mais escrever por que nos teus olhos no soar da tua voz eu encontrava o desabafo da minha alma, então porquê escrever ? 

Se tu já tinhas me lido toda, escrito um livro meu e guardado na tua cabeceira, logo deixei-me estar, deixei-me descansar… aposentei as minhas teclas e te deixei dedilhar uma história que ainda tínhamos por escrever …
Logo deve ser mal sinal, te escrever de novo, 
Que nome te darei agora ?
O que te devo chamar ? 
Homem que esfriou o seu amor por mim, homem que esfria o meu amor por ti… 
Que devo fazer com as memórias? Deitei todos os baús, não pensei que voltasse a precisar.
Que devo te fazer ? Que devo fazer com um homem completo que com o passar dos meses me faz crer que precisa se ir ? 
E eu preciso me vir ? 

Voltar para mim, 

Tirar-te de mim para que eu possa regressar, arrumar a confusão, voltar a trocar as mobilias da sala, do quarto, trazer a minha máquina de café de volta

Porque, bolas ! vou precisar escrever, te remover .

E o que faço com as cartas perfumadas? 
Aquelas que nunca entreguei ao teu endereço? 
Que ficaram como recordação dos tempos que te escrevia.

Deve ser mal sinal, te escrever de novo.

Se os amores se esfriam


Se pessoas se esquecem

Se abandonam 

E tomam outros rumos na vida

E eu ? eu fico pelo caminho...

Maybe life is not all that. Perhaps we are not destined to great deeds Perhaps the sense of being great is the smal...

COME DOWN, BLACKBIRD (ENGLISH VERSION)








Maybe life is not all that.

Perhaps we are not destined to great deeds

Perhaps the sense of being great is the small and so little that we can do every single day.


A year ago I believed I knew the fate of my days and certainly where I would be within a year.
It seems that life is really a box of surprises.
Who would have thought that at the age of 20, everything I wanted was finally over
That I would be in the same place that I was at 18 and would hardly care.

Some say it was all a waste of time, a waste of two good years of my life that would never be recovered, but what about me?

I say that : 

Even though this damned life keeps me the best and the worst, I will still blindly obey it and let it guide my fate to wherever it wants me to be…
Because, at the end of the day, what do I really know ? 
Nothing !
Absolutely nothing of what is the real meaning of living, and what I naively thought I knew, I thought it wrongly, because none of that is even close to what living is about.
But you know what ? 
I do not mind at all, maybe ignorance is kind good perhaps even healthy, maybe growing so rapidly was not the most indicated, perhaps my path to an illusionary future was the starting point to the broken soul of mine.
Perhaps I climbed too high that even my vision betrayed me, my lungs did not support me and my whole body fully collapsed experiencing the side effects of such height and lack of oxygen.

Life is not supposed to be like this, there’s no way back, I lifted myself in such way that my body could not bear to go down so many floors again and to jump so many steps. Either I stop and let myself get used to the new hostile environment that meets or I sustain my breath and climb into the unknown without the certainty of whether there really is any place to be reached. Maybe that's the big dilemma of my life, about staying or leaving...

Maybe that's what life is about or not ...

From that, I do not know and for the first time little bother me, because perhaps it is in this ideal that I want to see myself in a year, a young woman who controls curiosity, who lives in perseverance and understands that does not matter how badly I want to hurry the days and hours, every thing happens on its time, life is patient even though we are not. 

I want this young lady of mine to understand that, that life is not urgent, that perhaps  urgency may not be that urgent, because living was never about running and in the rush, it cannot be lived. 

Talvez a vida não seja tudo isso Talvez não estejamos destinados à grandes feitos  Talvez o sentido de ser grande s...

DESÇA, BLACKBIRD








Talvez a vida não seja tudo isso

Talvez não estejamos destinados à grandes feitos 

Talvez o sentido de ser grande seja o pequeno e tão pouco que podemos fazer todos os dias .


Há um ano atras acreditei conhecer o destino dos meus dias e certamente aonde iria estar no ano que se avizinhasse.
Parece que a vida é mesmo uma caixinha de surpresas. 
Quem diria que aos meus 20 anos de idade tudo que almejei estivesse por fim acabado
que estaria no mesmo lugar que estive aos 18 e pouco me importaria.

Há quem diga que foi tudo uma perca de tempo, que desperdicei dois bons anos da minha vida que nunca seriam recuperados, mas e eu ?

Eu digo que essa vida do caraças me reserva o melhor ou o pior, de que irei obedecer-lhe cegamente e que guiarei meu corpo para onde ela me quiser.
Até porque o que sei eu ? Nada…

Absolutamente nada do que viver é, e o que achei que sabia à um ano atras, achei errado porque nada disso está perto do que realmente pode ser viver, mas não me importo, talvez seja bom e saudável a ignorância, talvez crescer ou decrescer não fosse o planejado para mim, talvez tenha rompido etapas e me precipitado na escada do envelhecimento. Subi andares tão altos que minha visão não se preparou o suficiente e que em contrapartida esteja a viver os efeitos secundários de tamanha altura e carência de oxigênio.


 Não se vive assim, voltar ja não o posso, subi tanto que meu corpo não aguentaria descer novamente tantos andares e pular tantos degraus. Das duas uma ou eu paro e me deixo acostumar com o novo ambiente hostil que me encontro ou sustenho a respiração e subo rumo ao desconhecido sem a certeza de se realmente exista algum lugar por se alcançar. Talvez seja esse o grande dilema da minha vida, sobre ficar ou continuar … 

Talvez seja sobre isso que se trata a vida ou não...

 Dela, tão pouco sei e pela primeira vez pouco me incomoda, porque talvez seja neste ideal que me queira ver dentro de um ano, uma jovem mulher que controle a curiosidade, que viva em perseverança e que entenda que por muito que queira apressar os dias e horas, cada coisa acontece ao seu tempo e que a vida é paciente embora nós não o sejamos. 
Quero que eu saiba e perceba que a vida talvez não seja urgente, E que talvez nem a urgência seja tão urgente assim, porque no final das contas viver nunca foi sobre correr e de pressa nunca se viveu...


Entre tantas as andanças pela cidade que na correria dos dias de semana e na pouca importância em que se deposita à seres t...

UM JARDIM NO MEIO DA CIDADE




Entre tantas as andanças pela cidade que na correria dos dias de semana e na pouca importância em que se deposita à seres tão vazios de si e tão cheios do que tampouco importa. 

Uma cidade fria, porém sofisticada. 

Uma cidade em que o metal dos enormes edifícios, de lojas e shoppings pela calçada mataram o que havia de mais belo em si, um pequeno jardim … 

Mas como ? 
Como um pequeno jardim, um pequeno quarteirão de ervas mormente organizadas e aparadas pelas mãos de um humilde e nobre jardineiro pode representar tanto para uma cidade... 

Como ? Como se pode dar tanta importância à algo que com o tempo será envelhecido, quiçá esquecido ... 

Bem, digo que sim !  

É desse jardim que se fala, desse jardim que inspira homens, mulheres, crianças...

É desse pequeno jardim, no meio da grande metrópole, que de seu modo simples nos tenta relembrar do que realmente importa, do que a vida se trata, de que por vezes é preciso olhar, sentir e respirar ...

Um jardim que te convida a entrar, apaixonar e passar o resto de tardes em si deitado, que te possas deleitar com o de mais belo e puro que em si existe. Um jardim que presenciou, suportou às inúmeras mudanças, tempestuosas metamorfoses, construções e a violenta agressão da poluição. 


Um jardim que testemunhou primeiros beijos, amores à primeira vista e reconciliações de tantos os casais, um jardim histórico que devolveu tanto de si à pequenos rebentos que sobre si corriam e exaltavam alegria, um jardim que te convida a sentar, amar, deixar-se amar e levar, um jardim que preserva o antiquado ao invés do moderno, que preserva conversas em seus parques ao invés de olhos sobre o virtual. Um jardim… O jardim… Um amor… O amor…
Poetiza da rotina . Com tecnologia do Blogger.

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